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Estilo "Rat Look"


Estilo "Rat Look"



O movimento Rat Look tem origem Européia e teve inicio pela própria condições econômicas de cada região.
Aproximadamente na década de 70 a grande parte dos jovens, não tinha acesso ao carro novo, Pode diversos motivos como crises econômicas dentro do pais. Por conta desta situação encontrou-se uma saída que foi, adquirir carros antigos com preços baixos e conseqüentemente em péssimas condições de uso. Mas para esse publico o importante não era a aparência e sim o mais importante, o carro andar e, diga-se de passagem, andar bem baixo.

As características marcantes dos legítimos Rat Looks são:


Carroceria enferrujada
Suspensão rebaixada
Sem cuidado nos acabamentos
Acessórios das décadas de 60,70 e até 80 como bagageiros, faróis de milha, resfriadores externos


Apesar dessa personalidade dos anos anteriores, muita coisa mudou e agora os carros adeptos deste estilo possuem motores e conjunto de suspensões, rodas e pneus de alta performance, deixando o lado rústico ao alcance dos olhos, porém a essência continua como antes. “Quanto mais enferrujado...melhor”.


Existe um segmento derivado do Rat Look que é denominado "Hood Ride", com carros especificamente da fabricante VW e como motores refrigerados a ar.




Segundo o “Urban Dictionary”: HoodRide é um carro antigo que foi rebaixado e tem sua pintura original desbotada ou removida. No melhor dos casos, o carro ainda deve ter ferrugem. Latarias trocadas, amassados e partes faltantes melhoram o “look” porque trazem mais personalidade e originalidade. Dirigir um HoodRide é fazer uso de um carro que ninguém gostaria de ter, porque é feio ou totalmente sem manutenção (aparente) e mesmo assim adorar ele. É curtir o seu carro porque você fez ele exatamente da maneira que gostaria e não como os outros gostariam que ele fosse. Um HoodRide é em 90% dos casos um modelo Volkswagen antigo (não necessariamente Fusca).



Se você curte ter o seu velhinho do jeito que ele é, então você é HoodRide.





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Preparações (Turbo, Nitro, Aspirado e Blower)


 Turbo, Nitro e Aspirado
.: Cabeçotes especiais feitos em banco de fluxo
.: Motores especiais: Rua, Pista, Arrancada
.: Projetos, contrução e manutenção
.: Testes em dinamômetro de rolo
Conheça um pouco mais sobre os diversos tipos de preparação de motores:
TURBO
Motores com kit turbo compressor se alimenta também com dois tipos de alimentação, aspirado ou injeção eletrônica. O motor turbo compressor ele trabalha pressurizado, ou seja, ele trabalha com pressão no cilindro. Diferente de motores aspirados que aspira o ar, o turbo compressor empurra o ar para dentro do cilindro que é feito por uma peça semelhante a um ventilador. Porque a vantagem em motores turbo compressor ao aspirado? Isso acontece porque o turbo compressor está sempre mandando o ar para dentro dos cilindros aproveitando a queima e gerando mais potência em relação a motores aspirado (puxa o ar). E é muito fácil ganhar potência em motores com kit turbo compressor fazendo ajuste na válvula de alívio (westgate ou pop-off). Recomendado até 0.8kgf/cm² para preservar a vida útil do motores de uso diário.
NITRO
Nitro (NO2) a injeção de nitro é feito em sitema de caburador ou injeção eletrônica. Ele é usado mais em carros que já tenha uma preparação elevada, pois o uso errado na dosagem do nitro pode causar quebras no motor. Sendo preciso o nitro é um equipamento que garante uma potência em torno de 70 a 90 cavalos de acordo com a preparação que é feita. Geralmente o uso do nitro é feito em rotações altas, mas ele garante a potência até o final do tanque onde fica armazenado o Nitro, e dependendo de como for a "dosada" ele rende numa média de 10 dosagem de nitro.
Kit Nitro
Kit Nitro
ASPIRADO
Motores aspirado se alimenta em dois tipos de alimentação (carburador e injeção eletrônica). Mas porque o nome aspirado? O próprio nome já diz, ele aspira (puxa) o ar para que seja feito a queima dentro do cilindro do motor. Assim definimos um motor aspirado. E quando se trata de um motor modificado (preparado) a tendencia do motor aspirado é trabalhar com trocas de marchas mais elevado, ou seja, as trocas de marchas é feita em rotações mais elevada (RPM). Portanto um motor aspirado trabalha com rotações mais alta, mas ele perde força em velocidade final pelo fato do motor não conseguir mais força para aspirar (puxar) o ar dentro do cilindro. Para se conseguir uns cavalos a mais nos motores aspirado é muito mais trabalhoso elevando seu custo e beneficio, diferente de carros turbo. Veja abaixo o porque desse custo e beneficio.
BLOWER
Blower, também conhecido como compressor volumétrico, superchager ou kompressor (nome utilizado pela Mercedes) nada mais é que uma bomba de ar ligada ao virabrequim do motor por correia que, utilizando a força motriz do mesmo, "empurra" mais ar que o motor aspiraria normalmente. Um compressor eficiênte é aquele que desloca maior quantidade de ar, aquecendo o mínímo possível e com menor esforço. Resumindo, é aquele que possuí melhor eficiência volumétrica e térmica.
São classificados em 3 tipos:
- centrífugo
- tipo roots
- tipo parafuso
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.:Métodos de Rebaixamento:.


Cortar os Elos
O método é bem simples, é feita a desmontagem da suspensão do veículo, afim da mola poder ser retirada. Após desmontado, o conjunto é levado para um equipamento que comprime a mola, que é retirada do amortecedor. A mola é cortada, (solda, esmeril ou outro tipo de equipamento) e a ponta que foi cortada é geralmente encapada com uma mangueira, para evitar possíveis ruídos. Depois deste processo o conjunto da suspensão é montado novamente. Este trabalho é feito na maioria das oficinas e fica em torno de R$ 70,00.




Comprimir a Mola
É feito o mesmo processo de desmontagem da suspensão para que as molas possam ser retiradas. As molas são contraídas com a ajuda de um equipamento e são levadas posteriormente para um forno, onde ficam por algum tempo. Depois são retiradas e resfriadas, assim mantem sua compressão. Geramente as molas são resfriadas em um banho de oléo para serem re-temperadas. O processo tem que ser feito por um bom profissional, pois o risco de quebra da mola é maior após ela ser aquecida. O preço fica em aproximadamente R$ 160.


Aquecer os elos da Mola
Esse método consiste em aquecer dois ou três elos, fazendo eles se juntarem até encostar uns aos outros. Depois de encostados, eles são soldados para não baterem entre si. Essa técnica deixa o carro até que "macio", se for comparado com o corte das molas. O serviço tem que ser feito por um bom profissional para não comprometer a mola. Esse método pode até ser feito sem a desmontagem do conjunto da suspensão. O preço fica em torno de R$ 130,00 dependendo da forma de aquecimento e método utilizado. 160,00.

Kit Encolhedor 
São kits que juntam alguns elos da mola afim de comprimi-la. Assim a mola é encurtada sem a necessidade de cortar ou aquecer os elos. O processo é simples e rápido, porém, há o risto de quebra do kit devido a constante pressão que a mola exerce para seu funcionamento. O ponto positivo é que tanto a suspensão quanto a mola não é alterada assim quando o kit é retirado o carro volta a sua altura normal. Este método é recomendado para quem quer um carro com a suspensão um pouco mais baixa mas por alguns dias e não em definitivo. O valor do kit instalado é de aproximadamente R$ 140,00.

Molas Especiais 
São molas especialmente desenvolvidas para rebaixar o seu carro sem a necessidade de mexer nos amortecedores, as molas já vem com os batentes específicos para cada carro, e a embalagem é feita para que você guarde as peças originais. Perde-se muito pouco do conforto original do veículo e os ganhos com estabilidade e frenagem são consideráveis. Essa opção pode deixar o carro entre 35mm e 45mm mais baixo. O preço varia de R$ 350,00 há R$ 650,00 de acordo com o fabricante da mola (existem nacionais e internacionais)

Amortecedor de Rosca
Sistema versátil permite levantar e rebaixar o carro através de um sistema de rosca feito no corpo do amortecedor. Este método faz uso de molas reforçadas e amortecedores regressíveis com rosca quadrada (mais resistente) e um banho especial para não enferrujar mantendo as molas sempre fixas no conjunto. Para levantar/rebaixar o carro ele deve ser levantado por um macaco (processo de troca de pneus) e a rosca do amortecedor é alterada manualmente deixando o carro na altura desejada, este processo deve ser feito nos 4 amortecedores do veículo. Preço aproximado R$ 600,00.

Trabalhar o Telescópio
O telescópio é base de apoio da mola (aquela parte onde a mola fica apoiada). Se esta parte for deslocada para baixo, não será necessário cortar muitos elos para rebaixar o carro. Esse serviço é feito geralmente em carros que tiram mais de 2 elos ao serem rebaixados. Abaixando o telescópio, obtêm-se maior conforto do que apenas cortar os elos da mola. A média de preço é de R$ 190,00 à R$ 450,00 (varia de acordo com a oficina especializada e do serviço prestado).

Mexer na Aste
Neste método, o que é modificado é a rosca superior de fixação. Esta rosca, é aumentada em um torno mecânico que corta a sua aste, fazendo com que o amortecedor suba para dentro do carro, juntamente com todo o conjunto (amortecedor/mola). Assim o amortecedor fica mais curto de acordo com o tamanho da mola. Não sendo necessário cortar muitos elos para rebaixar o carro. Este método deixa o carro até que confortável, se comparado com o método onde só as molas são cortadas. Preço do serviço aproximadamente R$ 200,00.

Kit de Suspensão
Esta mudança é radical, todo conjunto da suspensão é alterado. As molas e os amortecedores são trocados por outros chamados de esportivos, onde as molas tem menos espirais e os amortecedores tem um cursor menor. A vantagem deste tipo de serviço, é o melhor conforto e a melhor estabilidade nas curvas, deixando o carro mais seguro. O preço é muito relativo, pois há diversas marcas tanto nacionais quanto importadas. Mas um kit deste tipo costuma ficar em torno de R$ 750,00.

Feixe de Mola
Uma das opções para quem tem pickups, é o retrabalho nos feixes (tratamento térmico das lâminas). Os feixes de mola terão dureza variável de acordo com a têmpera empregada, o número de lâminas e o tipo de trabalho para qual foi projetado. Uma maneira bastante segura para rebaixar uma pickup, é a instalação de um "block kit" (importado), que vai alterar o ponto de apoio dos feixes, reduzindo a altura do baricentro. Ou seja, se as molas estiverem montadas acima da ponte, sua fixação passará para a parte de baixo, reduzindo a altura e com baixo comprometimento do molejo. Preço médio R$ 300,00.

Suspensão a ar 
Um cilindro com ar em seu interior carrega o "combustível" para a qualquer momento (até com o carro em movimento) a suspensão do veículo seja levantada ou rebaixada. As molas convencionais do carro são substituídas por bolsas de ar, que são acionadas através de um simples toque no botão interno ou por controle remoto, trazendo o benefício de uma regulagem à distância de aproximadamente 50m. O ar para enchimento das bolsas vem de um cilindro metálico de armazenagem, na maioria das vezes instalado no porta malas. Existem duas formas de mantê-lo "abastecido" através de um calibrador de posto (aquele de encher pneu) ou instalar um compressor elétrico no carro. O valor varia de acordo com a complexidade do kit entre R$ 2.500,00 e R$ 5.500,00.

Suspensão Hidráulica 
Suspensão hidráulica conhecida como suspensão lowrider seu kit básico possui: 2 bombas, 8 baterias, 4 pistões e 1 controle. Que fazem com que o carro: pule, ande sobre 3 rodas, levante e baixe, conforme os comandos do proprietário. Todo este sistema hidráulico, funciona com fluídos que são liberados sob pressão, fazendo o carro se movimentar. Mas não vá pensando que você irá pegar o seu carro e instalar um kit como este, existe toda uma cultura por trás do nome Lowrider, além do mais, existem carros "certos" para a instalação deste sistema, como: Impala's, Cadillac's, Galaxie's, Landau's entre outros, que tem seu visual modificado e sua estrutura reforçada para suportar todos estes movimentos e se transformar num autêntico Lowrider.


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.:Turbo:.


O turbo é um artifício utilizado na mecânica para aumento significativo de potência em motores a combustão. Para isso é utilizado uma peça conhecida como turbocompressor, turbo ou apenas compressor (de turbina). Não deve ser confundido com o compressor que usa a força de rotação do motor.


Exemplos de carros turbo-alimentados originais:

Fiat (Marea Turbo 182cv, Tempra Turbo/Stile 165cv e Uno Turbo 116cv)
Volkswagem (Golf GTI 1.8L 20v 180cv, Gol 1.0L 16v Turbo 112cv , Parati 1.0 16v Turbo 111 cv )
Audi (A3 1.8 T 150cvs, A3 1.8 T 180cvs, S3 225cvs, A3 2.0 FSI 200cvs)
Opel Vauxhall GM (Astra 2.0 16V Turbo 200cvs, Astra VXR 240cvs, Zafira OPC 200cvs, Zafira VXR 240cvs)
Bugatti (Veyron tetra-turbo 1001cv)

Exemplos de carros que usam compressor:

Ford (Fiesta 1.0 Supercharger, EcoSport 1.0 Supercharger)
Mercedes-Benz (SLK 320 Kompressor, SLR McLaren)
Chrysler (300M Hemi)
Jaguar (XKR, XJR)

Princípio
Se baseia na quantidade de ar que é injetado na câmara de combustão do motor. A relação potência X mistura ar/combustível é diretamente proporcional; dessa forma, quanto mais ar e combustível são injetados, maior torque e potência.

Mecanismo
O turbo utiliza a força oriúnda dos gases de escapamento do carro, enquanto os outros compressores usam a força direta do motor. Há um pequeno atraso, o turbo-lag, já que o ar só passa a entrar efetivamente quando o motor disponibiliza gás de escape suficiente para gerar força de compressão. Isso ocorre quando se atinge um certo patamar de rotação. Os gases de escapamento não são redirecionados ao motor, mas servem pra mover a turbina que age sobre uma bomba de ar rico em oxigênio. O ganho de potência varia de acordo com a potência do motor anteriormente à adição do turbocompressor. Pode alcançar-se 300% de ganho de potência, a faixa comum é de 50% a 100% de ganho.

Aspirados e Compressores
Os motores aspirados são os que não utilizam nenhum artifício para aumento do fluxo de ar a não ser a aspiração natural pós explosão. Algumas marcas conseguem obter grande potência aumentando o fluxo aspirado de ar apenas elevando a rotação máxima atingida pelo motor. Isso observa-se nos Alfa Romeo e na Fórmula 1 atual
Os motores a compressor ou kompressor não apresentam o turbo-lag e se baseiam em princípio semelhante ao turbo. Contudo sua força de compressão parte diretamente da rotação do motor, e não da força dos gases de escapamento.
É muito utilizado em motores com disposição em V (V6, V8, V12...). Pois a instalação do turbo se torna complicada ao ter que unir a saída dos gases, que ficam em lados opostos do motor, enquanto as entradas ficam justamente no vão interno, como o compressor não depende da saída de gases e as entradas estão próximas, a instalação é bem mais simples.
O Turbo tem a grande vantagem de aproveitar uma força que seria desperdiçada para produzir pressão no motor (gases giram a turbina), enquanto o compressor consome um pouco de energia mecânica, para o mesmo efeito (eixo do motor gira o compressor). Por isso o turbo é mais eficiente do que o compressor mecânico.
Outra vantagem do turbo, é que a pressão não depende diretamente da rotação do motor, após atingir uma rotação mínima para o seu funcionamento, a turbina gera uma pressão constante, limitada por uma válvula. No compressor, a rotação do compressor e a pressão fornecida, são diretamente ligados à rotação do motor, atingindo a pressão máxima somente quando o motor também estiver em rotação máxima.
Existem diferentes tipos de compressores, inclusive de funcionamento parecido com o turbo, onde uma turbina é ligada ao eixo do motor, e que também podem funcionar com uma válvula para limitar a pressão máxima de funcionamento.

Aplicações do Turbo
Pode ser usado em qualquer motor a explosão, independente do uso (carros, barcos, moto serras, motos, etc). O ganho de potência acarreta diminuição da vida útil do motor. O exagero no aumento da força pode fazer necessárias alterações estruturais em outras parte do motor e até no chassi no veículo, que pode realmente torcer - usa-se barras anti-torção.
Tornou-se popular a partir da nova onda de tuning, que visa incrementar os automóveis, tanto em termos de potência quanto em termos de aparência e performance.
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.:Ponto ideal para mudança de marchas:.


A ‘hora certa’ de troca de marcha sempre foi um assunto polêmico entre os amantes da velocidade.
A questão sempre é: A que rotação devo trocar a marcha do meu carro visando obter o máximo de performance na aceleração? Devo ‘cortar giro’?
Para início, a questão não está correta!
A troca de marcha não deve ser efetuada pura e simplesmente levando-se em consideração a rotação. A não ser que a caixa de marcha seja totalmente recalculada, cálculos que levam em consideração a curva de potência obtida pelo motor, como em carros de competição, fato que não é realidade da maioria.


A matéria anterior que publiquei foi bem esclarecedora sobre como o movimento do virabrequim do motor é transmitido às rodas. Assim, utilizarei termos já explicados naquela matéria.
Normalmente, os motores de combustão interna, possuem uma curva característica que revela a potência gerada pelo motor a cada taxa de rotação (o que chamamos de rpm), chamada de curva de potência do motor. Normalmente, quando falamos que um carro tem 100 cv (cavalo-vapor, unidade de potência, que eqüivale a energia por unidade de tempo), esta potência gerada é a máxima do motor.
Como a cada taxa de rotação do motor, um valor de potência é medido, costuma-se  demonstrar a potência conforme o exemplo abaixo:

    150 cv @ 7.500 rpm

Ou seja, o motor está gerando 150 cv quando está a um regime de 7.500 rpm (revoluções por minuto).
A curva de potência de um veículo pode ser conseguida no manual do fabricante ou pode ser medida em um equipamento chamado dinamômetro.
Com a curva de potência do seu veículo e das características que foram citadas na matéria anterior (relações de transmissão e conjunto roda + pneu), cada um pode descobrir qual a velocidade correta para a troca de marcha.

Agora, a questão muda! E aí, o que deve ser perguntado é:

A uma dada velocidade, como vou saber qual a marcha que eu devo estar? Ou seja, a que velocidade devo mudar de marcha?

Lembrando a matéria anterior, a velocidade do carro está amarrada à rotação do motor, assim, a uma dada velocidade e marcha, a rotação é sempre a mesma, se for mantido o conjunto roda+pneu.
Como um exemplo é sempre mais didático:

Um carro que tem a seguinte curva de potência


Potência tem várias unidades de medida, utilizei a minha em kw (kilo-watt).

Se o mesmo carro tem a seguinte curva de velocidades (que pode ser conseguida com o aplicativo da última matéria):

Agora, o que deve ser feito, é comparar os dois gráficos, de modo que seja obtida a curva entre potência e velocidade , que é o gráfico chave para o assunto em questão! Continuando o exemplo, ficaria:


Onde cada curva representa a marcha (azul = 1ª ; rosa = 2ª  etc.)
Sabemos que a curva de potência, usualmente, pois não é regra, apresenta um valor máximo, a partir daí a potência começa a decrescer. Por este motivo observa-se que as curvas apresentadas acima se cruzam num ponto e este ponto é fundamental.
Quando as curvas se cruzam, podemos perceber que a curva posterior começa a apresentar valores maiores de potência, podendo, assim, ser utilizada de forma a disponibilizar uma maior potência.

Assim, voltando ao exemplo, a primeira e segunda marcha podem ser esticadas ‘até cortar’, entretanto, na terceira marcha, vemos que a partir de uma velocidade a quarta já apresenta uma potência disponível maior, como pode ser observado com um zoom na área interessada do gráfico:


A linha em vermelho representa a partir de qual velocidade que a quarta marcha é “melhor” que a terceira.
Da mesma forma, a partir de uma dada velocidade, a quinta marcha apresenta uma maior potência disponível que a quarta marcha:


Assim, com base nas figuras, seria calculada a velocidade ideal para troca de marcha, andando sempre na marcha que dispõe da maior potência a ser entregue às rodas.

Recapitulando, seqüência para os cálculos:
1 – Ter em mãos a curva de potência do motor;
2 – Obter as curvas de velocidade e rotação para cada marcha;
3 – Cruzar os dados dos gráficos acima e plotar a curva potência e velocidade para cada marcha;
4 – Obter os pontos onde as curvas se cruzam e estabelecer as marchas a serem utilizadas.

A questão do famoso SHIFT-LIGHT é bom para não chegar a cortar giro, porém não deve ser aplicado no sentido de seleção de marcha (GERALMENTE EM CARROS COMERCIAIS ORIGINAIS, POIS DEVE SER FEITO TODO O ESTUDO ACIMA), como vimos anteriormente.
Sua aplicação visando otimizar a potência fornecida pelo motor às rodas pode ser usada sem problemas, desde que a caixa de marchas e a curva de potência sejam compatíveis. Por exemplo, vamos considerar a seguinte curva potência x velocidade:


Neste exemplo, seria vantajoso trocar todas as marchas sempre no regime de rotação máxima, fato que ocorre em carro de competição por exemplo. Assim, o shift light seria usado para a troca antes de exceder o limite de giro ou a um regime estipulado para poupar o motor.
Este gráfico acima não é comum para motores e relações de transmissão originais.

Concluindo, antes de confiar apenas no feeling do piloto, vale a pena fazer algumas contas e ter certeza que você sempre está trocando de marcha no momento exato visando otimizar o desempenho do seu veículo!
Por exemplo, a 110 km/h, trocar de 2ª para a 3ª, dois carros idênticos, se um piloto for 1 segundo mais lento que o outro para efetuar a troca, a distância gerada por este 1 segundo será de 1,20 m! Se após este momento os dois continuarem a acelerar na mesma marcha, pé cheio, em 3 segundos, a distância irá aumentar para aproximadamente 8 metros. Dá praticamente um carro de diferença!
Muito além das contas, vai a habilidade do piloto! O tempo de troca de marcha pode fazer toda a diferença!
Portanto, o ideal é unir a teoria e prática! Fazer contas para saber quando trocar de marcha e treinar para saber como efetuar a troca!




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