VW Brasilia 77 – Vai pensando que é só na gringa

DKC + Old Aircooleds = carro lindo e com história.
Que graça um carro pode ter se por trás dele não tivermos história(s) para contar?
Háá quem mais traria uma Brasa assim pro DKC?! (mereço todos os oorras da Terra)
Kerb Snake WHO?!!


Presentes de família geralmente seguem preceitos simples: Você ganhou, você guarda e cuida… “até que a morte os separe”. Presentes não foram feitos para serem vendidos, doados ou mesmo dados em troca de qualquer outra coisa.
Recebida como herança de família, esta VW Brasília pertenceu ao avô de Diego Tresoldi desde nova. Com uma doença incurável, o falecimento de seu avô era inevitável e a solidão de sua avó era imperdoável. Aquela senhorinha fora morar na casa dos pais de Diego e trouxe na bagagem aquela bela perua VW a ar. A Brasília serviu durante alguns anos para levar a avó ao médico, fazer compras e alguns passeios curtos, até que a vida pregou-lhe outra peça e a avózinha também foi morar junto do Papai do Céu. Com uma família tranqüila e sem rusgas, a herança foi repartida entre os filhos e a Brasília ficou com a mãe de Diego em troca dos anos de cuidado e zelo. Sem muito uso pela mãe, Diego apoderou-se da perua e tratou de honrar a memória de seus avós aplicando a ela uma boa dose de personalidade.
 
As caixas de rodas dianteiras foram completamente removidas e novas chapas de aço foram moldadas à carroceria. Tudo para que as pretensões futuras pudessem ser concretizadas. Um kit de suspensão a ar foi instalado com o uso de mangas de eixo rebaixadas e o quadro dianteiro fora encurtado em 12cm para evitar que as rodas raspassem nos pára-lamas. Oa amortecedores dianteiros são os traseiros do Chevrolet Kadett e os traseiros são os originais, mas modificados para incorporarem a bolsa da suspensão. A peruinha andava lambendo o chão sobre as rodas mexicanas de 15”. Mas de quê adianta “arrombar” as caixas de roda se é pra usar roda pequena? Oras, essas não eram as pretensões de Diego…
  
Após algum tempo, as rodas mexicanas saíram de cena para uma nova fase de adaptações. Um jogo de rodas réplicas das clássicas Porsche Fuchs de medidas 7,0×17” foram instaladas em pneus 195/40-17” na dianteira e 205/40 na traseira, mas não foi nada fácil. As rodas mais largas começaram a pegar, literalmente, nos pára-lamas traseiros. Oras, com um sistema de suspensão a ar e pneus pegando, o máximo que Diego conseguiria eram pneus rasgados e uma carroceria danificada. Buscando dicas e soluções junto ao fórum RatVolks, a solução foi encontrada na instalação de pivôs e pontas de eixo traseiros mais curtos, que jogaram as rodas “pra dentro” da caixa. Pronto! Carro no chão, faíscas no asfalto.
Internamente, a Brasília não conta com nenhuma modificação extra a não ser pelos manômetros da suspensão a ar instalados sob o porta-luvas, num local bastante discreto e da cestinha de objetos à frente da alavanca de câmbio.
O motor 1.600cc conta com um volante aliviado, pistões e bielas da Kombi moderna. O comando de válvulas é do modelo Torque e deu uma forcinha extra. A alimentação é dada por um par de carburadores Solex de 32mm e o escape agora é do tipo Bug 4×2 com dupla ponteira em aço inox. A ignição é eletrônica e conta com uma bobina de Gol MI para amplificar as faíscas.
Um carro para resgatar lembranças da infância, com doses de amor incondicional, família e lembranças eternas. Tudo flambado à gasolina, faíscas de asfalto e muita saudade daqueles que marcaram sua vida.
  
  
Obrigado Diego por ceder as fotos e os fatos de sua senhora!!
Demorou um pouco mas enfim está postada, um dia levo a minha pra fazer pose do lado da sua.
Texto: Rafa run4fun e Romulow

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